O Santuário São Francisco de Assis, localizado à Rua Francisco Derosso, 715, no Xaxim. Possui uma linda história que se mistura à formação do bairro e à chegada das famílias que ali foram se instalando. Foi no ano de 1955 que surgiu a ideia de uma capela na Vila Xaxim. Neste mesmo ano o Arcebispo metropolitano Dom Manuel da Silveira D'Elboux celebrou a primeira missa e o Sacramento do Crisma ao ar livre no meio da mata no local da futura capela.
A paróquia São Francisco de Assis foi criada em 1 967, sua instalação definitiva se deu no dia 14 de maio de 1967, quando tomou posse seu primeiro pároco Pe. Miguel Ângelo Romero.
A igreja foi dedicada em hora a São Francisco de Assis em outubro de 2018. A construção do atual templo é nova, mas o Santuário carrega toda a história do franciscanismo, bem como a história de muitas famílias católicas que se dedicaram de coração para que esse lugar se tornasse o que é hoje.
No Santuário pode-se visitar a relíquia com o sangue de São Padre Pio de Pietrelcina, um santo franciscano que recebeu os estigmas de Jesus Cristo à semelhança de São Francisco de Assis. Essa relíquia foi um grande presente trazido de San Geovanni Rotondo, Itália, doado ao Santuário pelos irmãos do sacro convento onde viveu São Padre Pio. A relíquia fica permanentemente exposta para veneração pública do povo de Deus e, inúmeras já são as bençãos e milagres recebidos pela comunidade e pelos visitantes peregrinos.
Portanto, além de termos como padroeiro e inspiração de vida cristã São Francisco de Assis, o Santuário possui um copadroeiro, São Padre Pio de Pietrelcina, que pelo seu testemunho de vida nos auxilia no entendimento de que, na caminhada para o céu, deve-se todo dia tomar a própria cruz e seguir em frente. São muitos os grupos das pastorais e movimentos que, juntamente com o pároco e os padre colaboradores, realizam o trabalho de missão e evangelização.
A palavra vocação (etimologicamente) deriva do verbo latino VOCARE que significa “chamar”. É a tradução do termo “vocatione” que quer dizer chamado, apelo, convite.
Na raiz está “vox”, “vocis”,”voz”. Vocação quer dizer chamado.
A vocação (teologicamente) é o chamado de Deus dirigido a toda pessoa humana, seja em particular, seja em grupo, em vista da realização de uma missão ou serviço em favor da comunidade. Vocação é o chamado do Pai por meio de Jesus Cristo na força dinamizadora do Espírito Santo.
– Vocação é o chamado de Deus que tem como finalidade a realização plena da pessoa humana.
– É um gesto gracioso de Deus que visa a plena humanização do Homem.
– É dom, é graça, é eleição cuidadosa, visando a construção do Reino de Deus.
– É um chamado para fazer algo, para cumprir uma missão.
– Toda pessoa é vocacionada, é eleita por Deus.
– Deus elege por causa de alguns (comunidade) e esta eleição se manifesta no nosso dia a dia. A mensagem do Evangelho à um convite contínuo a seguir Jesus Cristo: Vem e segue-me.
(Mt 9,9 ; Mc 8,34; Lc 18,22; Jo 8,12).
Vem-chamado: é um convite pessoal dirigido por Deus a uma pessoa.
Segue-me – Missão: é o seguimento da prática de Jesus.
É uma iniciativa gratuita, proposta que parte de Deus (dimensão teológica). Impulso interior de cada pessoa onde conscientemente responde ao plano de amor de Deus (dimensão antropológica).
Como Deus chama?
– Pessoalmente e pelo nome.
– Pelos valores que nos atraem.
– Pela Comunidade.
– Pelas necessidades da Igreja e do mundo.
Pastoral, movimento e serviço
Pastoral é toda atividade indispensável para que a Igreja cumpra sua finalidade; remete aos Sacramentos e é vinculada ao bispo. Movimento não é atividade indispensável para que a Igreja cumpra sua finalidade; no entanto, todo movimento fundamentado e fielmente realizado é parceiro de valor inestimável à Igreja.
“A finalidade da Igreja Católica é evangelizar, ou seja, difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos Evangelhos e nos Livros Sagrados. Para que a Igreja possa fazer essa divulgação do Santo Evangelho precisa ter um plano organizado, um projeto de evangelização que é distribuído a vários grupos em diferentes áreas. Essas áreas são chamadas pastorais. E as pessoas que trabalham nessas pastorais são chamadas agentes pastorais ou agentes de pastoral. Todos os membros das pastorais são voluntários. E não é preciso ser católico para participar, já que as pastorais são ecumênicas” (da diocese de Taubaté SP): conforme orientação e apoio de bispo, pároco, coordenador. O ecumenismo e o diálogo inter-religioso são atitudes típicas e inseparáveis do verdadeiro cristão.
“Pastoral vem de pastor. Por isso é importante destacar que ‘fazer’ pastoral é fazer o que Jesus fez. É continuar Sua missão. É por meio das pastorais e do conjunto de suas atividades que a Igreja realiza a sua tríplice missão: profética, sacerdotal e testemunhal. De uma forma mais simples podemos também definir a pastoral como ‘os braços’ do pastor. Não seria possível a cada sacerdote, a cada pastor, realizar todas as atividades necessárias para a Igreja cumprir sua tríplice missão, por isso a Igreja utiliza-se dos serviços dos leigos, para, como ‘braços’ dos pastores, ajudar a Igreja” (Ângela Rocha – Catequistas em Ação).
Pastoral é organizada e administrada pela (arqui)diocese e pela paróquia e tem o propósito de atender um assunto: pastoral da pessoa idosa, da criança, carcerária, da liturgia, da pessoa com deficiência, da sobriedade, da catequese (iniciação cristã), juventude, comunicação, dízimo e várias outras.
Todas as pastorais têm coordenadores (arqui)diocesanos, pessoas que devem ser preparadas e adequadas, estar em constante processo de formação e oração, para que liderem, promovam a formação e integração dos agentes pastorais das paróquias e suas comunidades. “O líder tem convicção da impossibilidade da unanimidade; no entanto, tira da diversidade de opiniões e talentos a unidade que junta os interesses individuais, na sua essência, num propósito maior – o bem comum. E tem ‘lastro’ para arcar com insatisfações e interesses nem sempre plausíveis” (José Carlos de Oliveira – “Aquele que serve”, junho/2004).
Ora, se toda a ação da Igreja fundamentada na missão de Jesus, que consiste na edificação do Reino de Deus, é uma pastoral; se a pastoral se propõe a inserir a Boa Nova no seio da sociedade, por intermédio de testemunho pleno e constante, refletindo e atualizando o testemunho do próprio Jesus, o bom Pastor (Jo 10, 9-11), então, na mente e no coração do agente pastoral deve residir a convicção libertadora, compromissada e exigente: o que sente, pensa, fala e faz é tudo em nome de Jesus e à Sua imagem (caráter)!…
Movimentos em geral nascem à parte do contexto paroquial e diocesano, mais ligados à vida pessoal dos fundadores e adeptos, visando à vivência da fé nos seus variados aspectos, a partir do carisma que os caracterizam. O objetivo é a ênfase à oração, comunhão, missão, apostolado, com atividades a proporcionar assistência religiosa, formativa ou social para pessoas, famílias e grupos, criados conforme necessidades da época, do lugar e da coletividade a atender. Promovem o encontro com Deus, no fortalecimento espiritual e emocional, por intermédio da acolhida, da partilha, da fraternidade, da misericórdia…
Têm seus documentos, estatutos e normas estabelecidos em convergência com o Magistério da Igreja. É usual que tenham assessoria do clero. Todos os movimentos da Igreja Católica só o são porque autorizados, apoiados e orientados por ela; ajudam-na a propagar a Boa Nova. Um movimento pode envolver ou interagir com várias pastorais ao mesmo tempo. Pode ser lugar para acolher e desfrutar da devoção popular, mas, deve purgar as crendices e superstições de seus membros, conforme vão recebendo a necessária fundamentação. Suas celebrações e outras atividades não são estanques ou fechadas em si mesmas, tampouco concorrem em importância e em interesse com a Santa Missa: devem, sim, conduzir a ela e a toda a vida litúrgica da paróquia e da Igreja.
Tem movimento que é grupo e atividade não nascido e não ligado inicialmente a Igreja e à religião. Nasce duma experiência forte e comum a várias pessoas: um encontro, curso, pleito ou demanda coletiva, uma situação ou acontecimento marcante em suas vidas e que as aproximou e uniu. Sendo plenamente ético e viável em prol da sociedade, mesmo não sendo chamado de católico, tem catolicidade. Razão pela qual a Igreja habitualmente empresta seu espaço físico e é parceira destes movimentos.
Alguns movimentos: RCC (Renovação Carismática Católica), Apostolado da Oração, Legião de Maria, Focolares, Congregação Mariana, Movimento de Irmãos, de Schoenstatt, Oficinas de Oração e Vida, Capelinhas, Fé e Cidadania e ECC (Encontro de Casais com Cristo) – este, por exemplo, em seu estatuto (“Documento Nacional”), nomina-se serviço.
São João Paulo II, quando Papa, promulgou, no dia 11 de outubro de 1992, o Catecismo da Igreja Católica. Em 25 de janeiro de 1985, o Papa João Paulo II convocou uma Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para tratar dos frutos do Concílio Vaticano II na vida da Igreja. Muitos bispos manifestaram o desejo da promulgação de um novo Catecismo.
Lembra o Papa João Paulo II: “O Catecismo da Igreja Católica é fruto de uma vastíssima colaboração. Foi elaborado em seis anos de intenso trabalho, conduzido num espírito de atenta abertura e com apaixonado ardor. Em 1986, confiei a uma comissão de doze cardeais e bispos, presidida pelo então senhor Cardeal Joseph Ratzinger, o encargo de preparar um projeto para o Catecismo requerido pelos padres do Sínodo. Uma comissão de redação composta por sete bispos diocesanos, peritos em teologia e em catequese, coadjuvou a comissão no seu trabalho”.
As quatro partes do Catecismo da Igreja Católica
O Catecismo da Igreja Católica foi dividido em quatro partes, as quais estão ligadas entre si. Na primeira parte, é tratado o mistério cristão, que é o objeto da fé, com a Profissão da Fé. Na segunda parte, é celebrado e comunicado, nos atos litúrgicos, o que professamos com a Celebração do Mistério Cristão. Na terceira parte, está presente para iluminar e amparar os filhos de Deus no seu agir cristão com a vida em Cristo. Por último, na quarta parte, fundada a nossa oração, cuja expressão privilegiada é o “Pai-Nosso” e constitui o objeto da nossa súplica, do nosso louvor e da nossa intercessão, ou seja, o que de mais precisamos para o seguimento do Senhor: a oração cristã, que deve ser o alimento da nossa vida espiritual.